quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Não nasci para isto. Para blogger, quero dizer. As minhas mãos queixam-se do uso e abuso de teclados e ratos. A medicina deu-lhes ouvidos, de tal forma que restringiu o uso de PC ao nível profissional e inibiu totalmente a nível pessoal.

Aliás, devo confessar que não sou eu que vos escrevo estas linhas. Quer dizer, sou e não sou: tomei nota num caderninho e cravei para que as passassem para este formato.

Ao que isto chegou. Dependente da boa vontade e da paciência alheias para alimentar esta página. Serve isto como aviso para a inconstância na frequência de postagem.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

There is no ‘I’. Even to believe in an ‘I’ which possesses emotions (albeit helplessly) is mistaken. One of the problems with desire, and why it cannot make us happy, is that it presupposes a self which does not exist; at the core of our being, we are empty. Everything that constitutes the individual is marked by the unsatisfactoriness and suffering which is dukkha. Nor is there such a thing as the soul. The person is only a fleeting series of discontinuous states held together by desire, by craving. When desire is extinguished the person is dissolved. Since life and suffering are synonymous, the extinction of desire is the goal of human endeavour. Until that happens we continue to exist through a series of rebirths. It is not death as such which is deplored, but rebirth; it is not death but rebirth which we must escape. So much so that in some early texts rebirth is described as ‘redeath’. Desire perpetuates life, which is synonymous with suffering, and which leads to death. Desire perpetuates death; it keeps one dying.

Death, desire and loss in western culture, Jonathan Dollimore

domingo, fevereiro 10, 2008

Sobre ver o Lawrence da Arábia – ter pena de camelos.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

A chave! O dinheiro! - ou em como o youtube tem mesmo um acervo brilhante.



quinta-feira, fevereiro 07, 2008

A frase do Casablanca não devia ser o célebre Play it again Sam. Por duas razões. Porque aparentemente ninguém diz a dita cuja, é um mito que se propagou de citador em citador. E porque concorre com outros grandes clássicos que são mais giros: round up the usual suspects; we’ll always have Paris; of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine; I think this is the beginning of a beautiful friendship.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

A última amêndoa - é sempre amarga.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Zé Pedro - o gajo dos xutos.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

O Carnaval português - não se coaduna com a pele exposta e o samba do Rio de Janeiro. Por muito que tentem ludibriar o São Pedro com cortejos e cantilenas. Os foliões que metam na cabeça que, a ir mascarados, mais vale que seja de mergulhador ou escafandrista.

domingo, fevereiro 03, 2008

Sobre crónicas com atraso crónico. A história de Malaca é a história da alternância do domínio. Quando os portugueses ali chegaram, algures no distante século XVI, resolveram fazer-se convidados da forma mais decidida possível e correram com o sultanato existente à paulada. Depois de ter convenientemente passado a mensagem de quem mandava, fizeram uma fortaleza que ladeava o povoado, construiram a típica igreja, estabeleceram e deram vida a um novo entreposto comercial feito à sua medida.

De seguida vieram os holandeses. Atraídos pelo cheiro das riquezas negociadas e pelo posicionamento estratégico do local, entraram por ali adentro e fizeram aos portugueses aquilo que estes haviam feito ao sultão. Depois limitaram-se a adaptar as infraestruturas à moda deles, transformaram a igreja católica em protestante, aproveitaram a fortaleza e construiram a Stadhuis, a câmara municipal, por assim dizer.

Last but not the least, chegaram os ingleses. Uma vez mais, blá blá blá, e os holandeses foram expulsos, a cidade tomada mas, contrariamente aos anteriores habitantes, os britânicos resolveram partir muita coisa. A começar pela fortaleza, que temiam que pudesse ser usada contra eles: segundo dizem, a Porta de Santiago só se salvou porque Stamford raffles terá intercedido no sentido preservar algo do passado da cidade. Passando pela igreja originalmente portuguesa, ficou sem tecto e interior. Escapou a praça central, assim como a câmara e a igrejita pequenina que lá se encontra.

A Malaca de hoje é um desafio à imaginação: olhar para uma maquete daquilo que foi e tentar imaginar como seria agora acaso não tivesse sido tanta coisa destruída. Acima de tudo, é uma cidade orgulhosa que guarda o passado atribulado com determinação e algum saudosismo. Ou não se tivesse agarrado às coisas que não se podem destruir, como as receitas portuguesas de bacalhau e doces que ainda são confeccionadas, bem como a palavra “gereja” para dizer igreja, entre outras.





sábado, fevereiro 02, 2008

“(…) People soon get tired of things that aren’t boring, but not of what is boring. What’s that all about. For me, I might have the leisure to be bored, but not to grow tired of something. Most people can’t distinguish between the two.”

Kafka on the Shore, Haruki Murakami