segunda-feira, agosto 18, 2003


Adivinha - Dão que pensar. Fazem-nos matutar horas a fio, imaginando e extrapolando qual o impacto, as consequências que delas podem advir. Chegam mesmo a tirar-nos o sono ou a fazer-nos ter pesadelos confusos e intrincados. Às vezes damos por nós completamente alheados, perguntam-nos o que temos, respondemos com uma evasiva quando o momento não é oportuno.

Pedimos conselhos a outros. Estes começam por nos colocar à frente dos olhos um esquema sintético, estilo organigrama, com todas as alternativas. E depois, as possíveis ilações a tirar. Quando muito, podem chegar ao ponto de dizer o que fariam caso estivessem na nossa posição. Mas sempre salvaguardando que seria na sua própria perspectiva.

A lição a tirar é extremamente simples. Em relação a elas ninguém nos pode ajudar por aí além. Mesmo quando pensamos que aquela conversa que tivemos com Fulano de Tal foi muito importante para resolver o problema, no momento crítico, já não vai parecer assim. E mesmo que tenhamos Fulano de Tal em grande consideração e estima, às vezes mandar uma moeda ao ar pode ser mais resolutivo.

São, normalmente, momentos complicados, dependendo, obviamente, do nível de importância de que se revestem. Tanto mais que são um verdadeiro exercício da individualidade de cada um, da idiossincrasia, o que é quase o mesmo que dizer solidão.

Já devem ter adivinhado que falo de decisões.