segunda-feira, agosto 04, 2003


Incêndios - Mesmo que haja alguns que se destaquem pela dimensão dos estragos e prejuízos (ao que tudo indica, 2003 vai ser um desses, de longe), isto é todos os anos a mesma coisa. Basta o calor começar a apertar mais um bocado e desata o país a arder aos bocados qual purgatório de trazer por casa.

A comunicação social dá um grande relevo às imagens da bestialidade das chamas a consumir árvores, campos e casas, às operações dos bombeiros, às suas constantes queixas de falta de meios e às recorrentes suspeitas e acusações de crime de fogo posto. No rescaldo, a velha história da má planificação e gestão das espécies florestais, bem como a deficiente limpeza das matas e dos corredores de segurança.

No entanto, fica tudo por aqui. Porque relatos de progressivas melhorias na diminuição da quantidade de área queimada, aumento de meios de combate aos incêndios ou julgamentos de criminosos pirómanos é mentira. E o calor não tem umas costas assim tão largas.

Até quando? Até não haver mais nada para arder?