quinta-feira, setembro 04, 2003


Amesterdão, a impressão possível – Digo possível porque apenas lá estive um dia. Dos sítios onde estive já falei, falta agora do ambiente, o aspecto geral. E isso foi o que achei verdadeiramente único e, por isso, característico daquela cidade.

Avancei a ideia de que tudo parece informal. São as pessoas que vão para o trabalho com roupas banais, vêem-se poucos engravatados e os poucos que existem têm o mau gosto de quem não faz o nó da gravata muitas vezes e só tem dois fatos lá em casa: um para as ocasiões chatas no trabalho e outro para trilogia dos casamentos, baptizados e funerais. São os tipos novos que viajam de comboio para todo o lado com enormes mochilas às costas (os estudantes holandeses não pagam viagens de comboio, entre muitas outras coisas. Eu sei, nos países a sério é assim), são aqueles que levam os cães dentro do comboio com a maior das calmas. Os quatro patas chegam até a entrar em hoteis... São as bicicletas por todo o lado, são os papás e as mamãs que levam os putos nas bicicletas em cadeiras de plástico.

É claro que o liberalismo legal também contribui para a festa. A prostituição, as drogas leves... Porque ver um tipo da idade da minha mãe a fumar uma ganza enquanto espera a mulher que foi à casa de banho dá mesmo ideia de à-vontade.

Mas será que os holandeses, com todo este relaxamento, são pessoas verdadeiramente tolerantes, flexíveis?

A minha resposta a esta pergunta surgirá aqui, um dia destes.