quinta-feira, setembro 11, 2003


Burro velho não aprende línguas - E ensinar os paizinhos a trabalhar com este bicho de sete cabeças que se chama computadeiro? Pois é... Pode ser muito complicado. E aqueles de vós que já se tenham visto embrenhados em tamanha hercúlea tarefa devem saber muito bem do que falo.

É que estoutra geração mais velha foi educada através da leitura duma cartilha cujo principal mandamento em questão de maquinetas é o que a seguir se expõe e que deverá ser entoado com um ligeiro sotaque à moda de Viseu (vulgo, sotaque Carlos Carvalhas) de modo a imitar um padre de idade avançada do centro do país: “Se não sabeis lidar com o aparelhómetro, não lhe deveis tocar em nenhuma situação sob pena da maquineta dar o treco; deveis, antes, em todas as situações, malhar nas orelhas dos mais novos para que vos assistam nessas tarefas que esses, sim, têm o dedo esticado para mexer nessas coisas”.

Estas coisas limitam completamente as já de si parcas potencialidades que estes indivíduos possuem. Enquanto que nós, geração erroneamente apelidada de rasca, para além de nascermos rodeados de teclados, ratos e monitores, temos esse espírito aventureiro de experimentar para aprender a fazer. Ninguém conhece todas as aplicações dum qualquer software, nem pode estar a par de todas as novas características e potencialidades que surgem ao longo do tempo. Pode sim é meter os dedos ao trabalho e tratar de perceber como funciona, sem medos infundados de provocar um colapso à máquina.

Ouviste, mãe?