A Guesthouse Maastricht - é uma residência de estudantes criada a partir dum antigo hospital. Pelo que me disseram, é actualmente propriedade duma empresa japonesa que aluga as instalações às entidades da faculdade que a gerem. Penso que a capacidade máxima ronda os 500, 600 alunos.
Onde estou, na zona principal, há três edifícios. O P, onde estou com mais dois portugueses, tem os quartos equipados com cozinha própria e televisor. Depois, há o C, o maior, que tem cozinhas comuns e onde estão mais quatro da trupe das quinas. O oitavo elemento (não por ordem de importância, claro está, apenas porque me dá mais jeito descrever assim..) está alojado no Arc Building, mais antigo, sem possibilidade de acesso à Internet, mas com uma vista soberba se, como este patrício em questão, tivermos a sorte de calhar num dos andares cimeiros. Finalmente, há outras instalações noutros sítios da cidade. Aconteceu ao último lusitano desta descrição ficar alojado numa das referidas instalações. É chato porque está realmente deslocado de nós. Não é, no entanto, razão para ficar com muita pena do rapaz porque parece que por aqueles lados há sobretudo estudantes de medicina e enfermaria, o que equivale a dizer que as instalações estão repletas de senhoras...
Agora, porque é que isto de descrever a Guesthouse é realmente importante? Porque a piada de fazer um Erasmus em Maastricht reside neste preciso e, simultaneamente, precioso aspecto. Enquanto noutros sítios podemos calhar em apartamentos ou em residências pequenas e a maior parte da malta está separada, aqui estamos todos ao magote. E, escusado será dizer, não fosse por esta circunstância e seria decerto uma grandessíssima pasmaceira. Porque a cidade não tem assim tanto para ver ou para fazer, é relativamente pequena.
O que acontece então? Seguem-se alguns exemplos. Num dos primeiros dias, ia eu a entrar no meu corredor quando deparei com os meus companheiros todos num ameno jantar, com as mesas a bloquear a passagem... acabei a jantar com eles. Na primeira noite, cheguei ao corredor e vinha uma tipa a sair da casa de banho sentada numa cadeira com rodas, daquelas para trabalhar à secretária; disse-me que era embaraçoso mas que tinha caído dum cavalo e eu, claro está, levei-a em segurança até ao respectivo quarto. Na generalidade, a malta organiza jantaradas e festas quando lhes dá na veneta. Não deve passar muito tempo sem que em algum piso alguma festança não esteja a decorrer. Já fomos jantar ao Arc, ao C, já fizemos jantarada aqui no P, temos outras planeadas.
E pronto, resta só acrescentar que às terças é a noite dos estudantes Erasmus num bar chamado Twee Heeren, o que à letra significa Dois Senhores, o bar de eleição dos tipos do ESN, dos quais já falei em blogues anteriores. Para além disso, há muitíssimos mais bares que fazem noites especiais com determinadas ofertas. Há sempre animação.
Vida dura, dizem vocês...
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