Maastricht, o primeiro mês – É verdade, isto assim contado até parece mentira, uma valente peta, uma treta do tamanho da Ponte 25 de Abril. Antes fosse, porque assim dá-me a impressão que passa tudo depressa demais. Tenho a sensação que foi ainda ontem que aqui cheguei, naquele misto de curiosidade por partir à descoberta e algum receio de qualquer coisa que pudesse eventualmente correr menos bem.
O que sobra agora? Os medos foram-se, literalmente, nos primeiros instantes. As sensações recorrentes deste momento são mais viradas para a grande satisfação por me ter decidido a fazer algo que, numa primeira fase, não me pareceu luzir muito, e que numa segunda fase pensei que já fosse tarde demais dado o meu estado deveras avançado na progressão do curso.
Se bem que a verdade é que não sobra muito tempo para pensar neste tipo de coisas, ou sequer para me lembrar que sensações estarei a ter. O tempo é escasso por estas bandas, há sempre qualquer coisa para fazer e aproveitar ao máximo é o lema supremo de quem por aqui anda. E se o tempo dá ares de quem passa a velocidade supersónica, então depreendo que está a ser muito bem passado.
Porquê? Explicarei quando resolver falar sobre o tempo.
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