sexta-feira, outubro 10, 2003

Análise #2 – O mesmo em relação a pessoas. Passar tempo a tentar entender porque alguém é assim ou assado em vez de outra forma qualquer pode ser algo complicado, tipo apanhar moscas com uma carabina.

O comportamento de todos nós não é linear, não é um manual de álgebra com vectores e determinantes. Somos todos intrinsecamente incoerentes. Quantas vezes já deram por vocês a apregoar algo durante uma série de tempo, qual Padre António Vieira a dar um sermão aos peixes, e depois, na primeira hipótese, praticaram o crime? Quando se consideram questões do coração então as situações são imensas. Já para não falar que é normal mudarmos de opinião em relação a muitos aspectos à medida que o tempo passa.

Nunca estamos contentes, é da nossa natureza. E ainda bem que assim o é. Mas isso, só por si, é o mesmo que dizer que é inútil a pretensão de esquematizar o comportamento humana com a ajuda dumas quaisquer pseudo-regras chapa quatro. Mais ainda, ficar imensamente decepcionado com tal pessoa por causa de tal reacção que, no fundo, não é tão importante quanto isso.

Por vezes, há que dar mais importância Carpe Diem do Robin Williams no “Clube dos Poetas Mortos” e deixar seguir as coisas como são.