sexta-feira, outubro 17, 2003

Killer Queen, como está? – sou normalmente alto e magro. Pele olhos, cabelos, tudo bastante claro, incluindo também um grande piano que, no meio dum sorriso mais maroto, podia fazer um anúncio para uma qualquer marca de pasta dentífrica. O couro cabeludo é curto, rapado de lado e maior em cima, para tornar possível a aplicação estratégica de gel, substância milagrosa que permite que me transfigure num pseudo-porco-espinho após ter sido mergulhado em lixívia. Neoblanc, é claro, para não fazer “straaaaappp”.

As minhas calças são justinhas, especialmente na zona da cintura e coxas, uso umas camisas com riscas de alto a baixo, com grandes colarinhos abertos que deixam entrever um fio de prata com medalhão, às vezes com pequenos folhos nas mangas ou complementadas por um lenço fininho na zona do pescoço. As botas são daquelas que fazem barulho quando se dá o mais curto passo que seja e levam a que me perguntem vezes sem conta ou estacionei o meu cavalo.

Tenho sempre um copo, garrafa ou lata na mão, embebedo-me frequentemente, falo uma língua estranha, gosto de sandes e ando a aprender espanhol porque gosto de latinos e de dançar. Por falar em dançar, sou um perito, em pleno acto de meneamento, em atingir com o meu traseiro gajos do sul da Europa mais ou menos por alturas dos ombros deles, dada a modesta estatura que estas criaturas apresentam. Por vezes, complemento isto tudo com uns óculos de armação prateada e fininha.

Ai eu ai eu