sexta-feira, outubro 03, 2003

Köln - O ímpeto da resposta aliada à Blitzkrieg nazi deixou Colónia de rastos. Quando digo de rastos, não exagero nem um pouco. A única possível vítima que foi poupada, felizmente, foi a impressionante catedral. É marcante olhar para uma fotografia em particular dum postal que comprei, onde aquela se ergue em toda a sua imponência por entre uma horda infindável de destroços de habitações.

É um edifício brutal. A nave central tem cerca de 45 metros de altura. Dei por mim de pescoço torcido, a olhar para cima o tempo todo como se estivesse a tentar manter uma conversa com um tipo de dois metros. É possível subir à torre, até cerca de 150 metros de altura, através da conquista e subjugação de mais de quinhentos degraus quase de enfiada, porque há apenas um ponto intermédio onde se pára para ver os sinos, lá para os cem metros. Porém, vale a pena o esforço, não só porque se contempla uma agradável vista da cidade, mas também porque se adelgaça um pouco as pernocas e o rabiosque.

O outro lado de Colónia, a presença do espectro da guerra: pelo facto de carregar a sina da destruição bélica, pouco mais de interessante há para ver. Tirando umas quantas igrejas despidas, um passeio pelo Reno com uma ou outra atracção, e uma tradicional cerveja Kölsch fresquinha numa esplanada engraçada, a cidade não tem mais nada para oferecer.

No entanto, não me interpretem mal: só a catedral faz as despesas todas.