quarta-feira, outubro 15, 2003

Noites - Seria a bendita da Sherazade que lia as histórias? Já não me lembro, nunca tive muito jeito para este tipo de contos. Mas o que é certo é que ninguém conseguirá alguma vez apagar o misticismo do número. Talvez contribua concomitantemente para isso o facto de ser uma capicua, a primeira que se obtém depois de ultrapassar a casa do milhar. E que bem que fica ali, cimeiro, amarelo no verde.

Para mim, neste preciso momento, o misticismo é associado a uma espécie de ritual de passagem, um pequeno momento de satisfação pessoal que pretendo seja contagiante a quem está do outro lado, à tão indispensável audiência. Como se uma pequena estrela num céu limpo de frio Inverno nos aconchegasse a chegada ao abrigo do telhado com um ligeiro cintilar que mais parece piscar-nos o olho.

Dank je wel.