Separação - Foi quando passámos a Grande Estrela, onde os U2 rodaram um teledisco com o Siegessäule, e prosseguimos em direcção à Porta de Brandeburgo, que deparámos pela primeira vez com ele. Apenas uma linha de bricks com trinta centímetros de largura que atravessa a cidade como ele atravessava. Cortava ao meio a estrada onde rolávamos e os pneus do veículo fizeram aquele som de pisar calçada quando passaram por cima dele.
Até então, não fazia a mínima ideia qual era a área que delimitimava, menos ainda que tivesse permanecido durante décadas a tapar aquele que é, provavelmente, o maior ex-líbris de Berlim. No dia seguinte apercebemo-nos melhor da sua extensão. Seguimos a pé os seus contornos. Desde a zona comunista, à inglesa e até à americana. Na francesa não estrámos. Um monumento com mais finalidades que evitar o esquecimento.
Deparámos que é como quem diz. Não é que ele tivesse propriamente lá, porque não está. O que está verdadeiramente são as diferenças. O lado leste tem prédios estilo caixote onde só os números das portas mudam, os edifícios como universidades e museus são imponentes, grandes, fortes e feios. De vez em quando, descampados nas zonas onde era necessário controlar tentativas de passagem. Como a impressionante Potsdamer Platz, que aos poucos vai apagando esse cariz militar de fronteira com edifícios modernos. Mas onde a união das regiões ainda não se sente.
Espaçadamente, vê-se escrito “Berliner Mauer 1961-1989”.
Até então, não fazia a mínima ideia qual era a área que delimitimava, menos ainda que tivesse permanecido durante décadas a tapar aquele que é, provavelmente, o maior ex-líbris de Berlim. No dia seguinte apercebemo-nos melhor da sua extensão. Seguimos a pé os seus contornos. Desde a zona comunista, à inglesa e até à americana. Na francesa não estrámos. Um monumento com mais finalidades que evitar o esquecimento.
Deparámos que é como quem diz. Não é que ele tivesse propriamente lá, porque não está. O que está verdadeiramente são as diferenças. O lado leste tem prédios estilo caixote onde só os números das portas mudam, os edifícios como universidades e museus são imponentes, grandes, fortes e feios. De vez em quando, descampados nas zonas onde era necessário controlar tentativas de passagem. Como a impressionante Potsdamer Platz, que aos poucos vai apagando esse cariz militar de fronteira com edifícios modernos. Mas onde a união das regiões ainda não se sente.
Espaçadamente, vê-se escrito “Berliner Mauer 1961-1989”.
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