sábado, dezembro 13, 2003

Descobertas - Conhecer pessoas de terras distantes e algo misteriosas ou exóticas abre-nos portas. Ficamos a saber pormenores sobre essas culturas que nunca nos tinham passado pela cabeça. Por exemplo, que palavras como centro em norueguês se escrevem com “s” com o intuito de diferenciar em relação à Dinamarca, que dominou a Noruega até esta obter a indepedência em 1905. Ou, que os búlgaros ainda digerem com dificuldade os quinhentos anos de domínio do Império Otomano e as atrocidades cometidas, como as gerações de rapazes que foram retirados das suas famílias para mais tarde lutarem contra elas sob a bandeira turca.

No entanto, o aspecto que mais parece mais interessante, é o facto de que estes recentes conhecimentos dão origem a projectos de viagens futuras que soam altamente ambiciosas e motivadoras. Abri um mapa. Olhei para países, capitais, cidades. Iniciei um programa de computador que indica um traçado rodoviário europeu à nossa escolha. Analisei percursos, quilómetros, tempo de viagem, custo.

Por isso digo que um Erasmus é um trampolim. É uma importante descoberta de grande duração que promete abrir caminho para mais. É como se tirasse o nó que impede um novelo de se desfazer e permitisse que, lentamente, o fossemos reduzindo e espalhando a lã, curiosos como os gatos que brincam com o fio que os encanta.

A receita é simples. Basta dar-lhe seguimento.