segunda-feira, dezembro 15, 2003

Primeiro estranha-se, depois entranha-se - Confesso que muitas vezes ainda tenho de recorrer aos velhinhos escudos como defesa. As comparações não suegem facilmente na minha cabeça, sobretudo para valores elevados. Mas aquela reticiência inicial de quem sente que um símbolo do seu país vai desaparecer para sempre já não me afecta.

A imagem das velhas notas e moedas quase desvaneceu por completo da minha memória. Restam as expressões como “paus” que, de tão entranhadas na fala do quotidiano, recusam-se terminantemente a abandonar a minha língua. E penso que já não seria capaz de lidar com a ausência das facilidades que a moeda única me tem presenteado.

Até gozo com os tipos que foram parar fora da Zona Euro.