Em terceiro lugar – É uma daquelas expressões de caras, chapadas, de extrema facilidade na aplicação. Andamos lá por fora e depois apraz-nos dizer que lá é muito melhor, tão melhor que aqui tudo é terceiro mundista. Também eu pertenço a essa lista de acusadores natos, não deveria ter autoridade moral para criticar seja o que for. Contudo, relembrei-me a mim próprio que ainda não apareceu alternativa melhor que este cantinho à beira mar plantado em matéria de sítio para viver.
Parece paradoxal, não é? Será que é pura e simplesmente por estar terrivelmente ambientado? Por não me conseguir inserir noutro sítio tão bem como aqui, dado o manancial de luso-cultura que adquiri ao longo dos tempos? Será que é pelo clima, pelas pessoas, pela forma de estar na vida? Será que é pela gastronomia? Será pelo maravilhoso sistema Multibanco? Será pela diversidade de marcas existentes nas prateleiras dos supermercados? Tudo questões complicadas.
Parece-me que a qualidade de vida lá para o centro da Europa é bastante maior em questões de poder de compra e oportunidades de formação académica, para dar dois exemplos. Sem dúvida, não é preciso ser nenhum iluminado para atingir essa. Porém, não é só isso que dita o soneto todo.
Irrita-me o cinzentismo dos nórdicos, por exemplo. São tipos demasiado macambúzios no dia-a-dia e só se libertam ao fim-de-semana, lá para a quinta rodada de cerveja. Não gostaria de passar a ter refeições em que o único objectivo é tão primário quanto evitar morrer à fome, ao invés de nós, latinos, que nos sentamos a comer como quem descobre um óptimo pretexto para tagarelar uma meia-horita. Detesto ter de esperar por grandes atrasos. Mas também detesto a falta de flexibilidade por causa de cinco minutinhos.
Enfim, tudo isto para dizer que tudo tem o seu reverso da medalha. Os países menos organizados como o nosso são, normalmente, aqueles que albergam pessoas mais relaxadas e despreocupadas. O que isso tem de bom por um lado, tem de mau por outro. Os mais organizados, por vezes, caem no excesso de regrinhas que pouco interesse têm.
A questão é saber o quanto cada uma dessas características pesa na nossa própria balança.
Parece paradoxal, não é? Será que é pura e simplesmente por estar terrivelmente ambientado? Por não me conseguir inserir noutro sítio tão bem como aqui, dado o manancial de luso-cultura que adquiri ao longo dos tempos? Será que é pelo clima, pelas pessoas, pela forma de estar na vida? Será que é pela gastronomia? Será pelo maravilhoso sistema Multibanco? Será pela diversidade de marcas existentes nas prateleiras dos supermercados? Tudo questões complicadas.
Parece-me que a qualidade de vida lá para o centro da Europa é bastante maior em questões de poder de compra e oportunidades de formação académica, para dar dois exemplos. Sem dúvida, não é preciso ser nenhum iluminado para atingir essa. Porém, não é só isso que dita o soneto todo.
Irrita-me o cinzentismo dos nórdicos, por exemplo. São tipos demasiado macambúzios no dia-a-dia e só se libertam ao fim-de-semana, lá para a quinta rodada de cerveja. Não gostaria de passar a ter refeições em que o único objectivo é tão primário quanto evitar morrer à fome, ao invés de nós, latinos, que nos sentamos a comer como quem descobre um óptimo pretexto para tagarelar uma meia-horita. Detesto ter de esperar por grandes atrasos. Mas também detesto a falta de flexibilidade por causa de cinco minutinhos.
Enfim, tudo isto para dizer que tudo tem o seu reverso da medalha. Os países menos organizados como o nosso são, normalmente, aqueles que albergam pessoas mais relaxadas e despreocupadas. O que isso tem de bom por um lado, tem de mau por outro. Os mais organizados, por vezes, caem no excesso de regrinhas que pouco interesse têm.
A questão é saber o quanto cada uma dessas características pesa na nossa própria balança.
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