segunda-feira, janeiro 19, 2004

Meio – Realmente, dá a impressão que, se rolarmos pelo meio, podemos mais facilmente chegar a qualquer uma das pontas e, portanto, temos uma melhor hipótese de escolha. Também pode ser um fenómeno de claustrofobia, ficamos mais longe do muro de betão que separa os dois sentidos e da berma. Ou um qualquer gosto especial ou fetiche. Quem sabe.

O que é certo é que muito boa gente resolve plantar-se na faixa do meio para de lá só se deslocar quando chegar a altura de sair definitivamente da auto-estrada. O problema não seria de realçar acaso não tivessem o prazer mórbido de praticar velocidades que as candidatam mais àqueles que optam correctamente pela faixa da direita. Resultado: obrigam a constantes ultrapassagens, cansativas porque a oitenta quilómetros por hora implicam reduções e, por vezes, andar a passo de caracol quando a infra-estrutura tem por objectivo passo de lebre.

Porque pagam para usufruir duma estrada onde a vantagem é andar rápido quando não o fazem?