quinta-feira, janeiro 08, 2004

Mora – Não que tivesse a contar com o ovo no dito cujo da galinha, faz parte de quem está habituado às andanças deste país não contar com grande coisa, sobretudo, muito depressa, senão cairá em profundo e medonho desgosto. Contudo, quatro meses de ausência, que coabitaram com a minha infame falta de seguimento dos acontecimentos nacionais, podiam ser recompensados com algum avanço, mesmo que não terrivelmente significativo no decorrer das investigações.

De início, absolutamente nada. Só algumas histórias paralelas, nada de jeito. E, felizmente, quando me preparava para soltar uns valentes impropérios e acusar estes tipos de demorarem imenso tempo, eis que surgem as tão desejadas condenações. Finalmente. E surgem também aqueles apanhados que os jornalistas tão bem fazem. Que nos relembram a cronologia de que já só nos resta na memória parte.

Foi há quase um ano que se desenrolou a primeira dose de aprisionamentos. Parece mentira, mas muitos dos iniciais suspeitos estiveram presos este tempo todo. Longe de mim vir para aqui advogar a inocência ou qualquer outra pseudo-misericórdia. Mas a verdade é que esta mora não me parece adequar-se muito ao desejado para um Estado que se diz Democrático, com letra maiúscula.

Mesmo os criminosos que, neste caso, ainda não foram dados como tal, são gente.