Rituais – Até há pouco tempo, resposta ou olhar desdenhoso estariam prontos para quem me falasse em rituais. Aniversários, passagens de ano, comemorações avulsas de datas… enfim, muitas mais poderiam ser adicionadas a esta lista. Inúteis, desnecessários, as tradições desse género não tinham grande significado.
E, até que ponto aquelas que são mais convencionais e de grande difusão, passaram a ter, não sei. Sei que, de repente, alguns rituais passaram a fazer todo o sentido. Mas rituais por mim criados, com o significado que eu próprio lhes atribui. Não sei se foi pelo facto de ter sofrido um corte com a minha rotina diária e passar quatro meses fora de solo nacional, por ser um ponto de viragem com a conclusão do curso superior.
Rapei o cabelo de forma artesanal, uma semana antes de deixar Portugal; marquei o dia em que recebi a minha última nota com umas lâminas de barbear de qualidade duvidosa que necessitaram mais de uma hora para lidar com a minha barba de três semanas. Alguns exemplos físicos. Agora olho para as fotografias e lembro-me melhor das situações, tenho mais histórias para contar, tenho uma noção da evolução a partir do meu aspecto.
Não sei se partiram da mesma situação que eu, mas não fui o único a contribuir para essa criação ritualística. Estabelecemos alguns para as refeições. Por exemplo, na forma como brindamos. Nas músicas que ouvíamos. Sair para a noite internacional com a camisola da faculdade. Largar umas larachas em determinados momentos específicos. Definimos a categoria dos “clássicos” parar as expressões que nos marcaram.
Depois, também os há que não são divertidos. Já falei das despedidas. Dolorosas até dizer basta e, no entanto, necessárias como o natural desenrolar do tempo e da vida. Muitos mais pertencem a esta categoria dos simpáticos. Ficam, contudo, para outras alturas.
Até lá, ritualizem-se.
E, até que ponto aquelas que são mais convencionais e de grande difusão, passaram a ter, não sei. Sei que, de repente, alguns rituais passaram a fazer todo o sentido. Mas rituais por mim criados, com o significado que eu próprio lhes atribui. Não sei se foi pelo facto de ter sofrido um corte com a minha rotina diária e passar quatro meses fora de solo nacional, por ser um ponto de viragem com a conclusão do curso superior.
Rapei o cabelo de forma artesanal, uma semana antes de deixar Portugal; marquei o dia em que recebi a minha última nota com umas lâminas de barbear de qualidade duvidosa que necessitaram mais de uma hora para lidar com a minha barba de três semanas. Alguns exemplos físicos. Agora olho para as fotografias e lembro-me melhor das situações, tenho mais histórias para contar, tenho uma noção da evolução a partir do meu aspecto.
Não sei se partiram da mesma situação que eu, mas não fui o único a contribuir para essa criação ritualística. Estabelecemos alguns para as refeições. Por exemplo, na forma como brindamos. Nas músicas que ouvíamos. Sair para a noite internacional com a camisola da faculdade. Largar umas larachas em determinados momentos específicos. Definimos a categoria dos “clássicos” parar as expressões que nos marcaram.
Depois, também os há que não são divertidos. Já falei das despedidas. Dolorosas até dizer basta e, no entanto, necessárias como o natural desenrolar do tempo e da vida. Muitos mais pertencem a esta categoria dos simpáticos. Ficam, contudo, para outras alturas.
Até lá, ritualizem-se.
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