Arrogância – Esta coisa das interpretações dos filmes tem tudo a ver com a dos livros, ou da arte em geral. A mim, custa-me um bocado explicar porque gosto de determinada película. Às vezes pelo argumento, outras pela mensagem, outras pela imagem, outras pela música, os actores, enfim, tanta coisa.
O que é certo é que acontece muitas vezes eu gostar especialmente dum filme que se torna um gigantesco flop em termos de recomendação a outrem. Aconteceu com o “Blade Runner”, um Harrison Ford na flor da idade dirigido por Ridley Scott. Não que devesse uma explicação a alguém, se bem que, na altura, não me devo ter conseguido fazer minimamente entender ao Nuno. Nem me lembro se tentei convictamente. Porém, fica aqui uma tentativa.
O que é esse filme para mim? Sobretudo uma crítica à nossa mania humana de querer moldar tudo à nossa forma, de controlar, de estabelecer regras e impingi-las aos outros sem ter tido o cuidado de averiguar se lhes interessa de todo. O “pai” daquelas criaturas excepcionalmente capazes e inteligentes não se questionou se para elas isso custa o facto de terem uma vida curta quando comparada com os limitados humanos. A chama que arde com mais brilho tem de forçosamente consumir-se mais depressa, não há volta a dar, tenta ele explicar a um prodigioso Rutger Hauer revoltado com o facto de que nem junto do seu criador vai conseguir o seu milagre.
Quem somos nós para ocuparmos o lugar da Natureza ou Deus (riscar o que não interessa) e tomarmos decisões dessa magnitude?
O que é certo é que acontece muitas vezes eu gostar especialmente dum filme que se torna um gigantesco flop em termos de recomendação a outrem. Aconteceu com o “Blade Runner”, um Harrison Ford na flor da idade dirigido por Ridley Scott. Não que devesse uma explicação a alguém, se bem que, na altura, não me devo ter conseguido fazer minimamente entender ao Nuno. Nem me lembro se tentei convictamente. Porém, fica aqui uma tentativa.
O que é esse filme para mim? Sobretudo uma crítica à nossa mania humana de querer moldar tudo à nossa forma, de controlar, de estabelecer regras e impingi-las aos outros sem ter tido o cuidado de averiguar se lhes interessa de todo. O “pai” daquelas criaturas excepcionalmente capazes e inteligentes não se questionou se para elas isso custa o facto de terem uma vida curta quando comparada com os limitados humanos. A chama que arde com mais brilho tem de forçosamente consumir-se mais depressa, não há volta a dar, tenta ele explicar a um prodigioso Rutger Hauer revoltado com o facto de que nem junto do seu criador vai conseguir o seu milagre.
Quem somos nós para ocuparmos o lugar da Natureza ou Deus (riscar o que não interessa) e tomarmos decisões dessa magnitude?
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