quarta-feira, março 31, 2004

Dicção – Toda a profissão tem os seus truques, toda a roca o seu fuso. Eis alguns exemplos de como os profissionais da comunicação treinam a sua dicção e (des)travam a língua:

“Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata-doce? Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata-doce é o doce que é feito com o doce do doce da batata-doce.”

“Sabendo o que sei e sabendo que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.”

“O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.”

“A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar.”

“O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas. “

“Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretérita perfeitíssima.”

“Disseram que na minha rua há paralelepípedos feitos de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos têm mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?”