quarta-feira, março 17, 2004

Futuro comprometido – A notícia atingiu-me como um raio, fulminante e devastadora. Explicou-me a senhora da Câmara onde resido e, depois, a senhora do Centro de Recrutamento da Avenida de Berna que, presentemente, estamos somente num regime de voluntariado; só serão feitas chamadas individuais na eventualidade de não haver um voluntariado suficiente e apenas para os mancebos que entenderem. O que, dada a minha formação universitária, à partida, deve ser o suficiente para dizer que estou excluído.

Seria bom que, quem de poder, revogasse esta decisão, abrisse os olhos. Afinal, trata-se do futuro de um mar de jovens que, como eu, se sentem agora, perdidos. Mas o pior, o pior de tudo, foi mesmo ter de encarar os meus pais. Tantas esperanças que depositaram em mim, tantas expectativas positivas para tudo, afinal, se esfumar.

Mãe, pai, é triste, mas há uma elevada possibilidade de que não venha a ser homem…