Glutões – E agora, no seguimento do último texto, passando da vida e interesse públicos para os privados, qual a motivação da bisbilhotice no campo desta última? A piada fácil, o escárnio, dirão alguns. Em certa medida, bem entendo, não sou nenhum puritano, é óbvio que também solto as minhas gozações de tempos a tempos.
A coisa já me custa mais a compreender quando, e aqui os exemplos abundam no campo estritamente afectivo, amoroso, os curiosos a sério, aqueles que têm, inclusive, carteira profissional quase esperam que falemos da nossa vida com um à-vontade ou despudor que eles próprios não me parece que possuam. Têm uma ânsia em absorver situações e acontecimentos de natureza alheia como se delas dependesse a sua própria vida. São uma espécie de Glutões do Presto do parceiro do lado.
O que não é lá muito compreensível. Porque, de todo esse manancial de vivências, há uma boa dose que tem um carácter, um cunho tão incrivelmente pessoal, que não faz sentido fora dos intérpretes da história, fora daquela relação em concreto. Querer, ousar contar a outra pessoa é como tentar matar moscas com uma carabina. Não há palavras que expressem todos aqueles sentimentos. Assim como, quando queremos contar uma qualquer desventura que se passou num local, numa situação e com pessoas que o destinatário não conhece, tudo se complica. Experimentei esta sensação sempre que falei de Maastricht com alguém que não teve lá.
Mais interessante é aquela tentativa de querer dar a entender que não partilhar os “segredos” é má política, que contribui para o cinzentismo interno e amorfo dos que não dão com a língua nos dentes. O equilíbrio mental de cada um é com cada um. Aqueles que se sentem bem falando, força.
Agora, querer fazer sentir mal os que são diferentes é que não lembra ao diabo.
A coisa já me custa mais a compreender quando, e aqui os exemplos abundam no campo estritamente afectivo, amoroso, os curiosos a sério, aqueles que têm, inclusive, carteira profissional quase esperam que falemos da nossa vida com um à-vontade ou despudor que eles próprios não me parece que possuam. Têm uma ânsia em absorver situações e acontecimentos de natureza alheia como se delas dependesse a sua própria vida. São uma espécie de Glutões do Presto do parceiro do lado.
O que não é lá muito compreensível. Porque, de todo esse manancial de vivências, há uma boa dose que tem um carácter, um cunho tão incrivelmente pessoal, que não faz sentido fora dos intérpretes da história, fora daquela relação em concreto. Querer, ousar contar a outra pessoa é como tentar matar moscas com uma carabina. Não há palavras que expressem todos aqueles sentimentos. Assim como, quando queremos contar uma qualquer desventura que se passou num local, numa situação e com pessoas que o destinatário não conhece, tudo se complica. Experimentei esta sensação sempre que falei de Maastricht com alguém que não teve lá.
Mais interessante é aquela tentativa de querer dar a entender que não partilhar os “segredos” é má política, que contribui para o cinzentismo interno e amorfo dos que não dão com a língua nos dentes. O equilíbrio mental de cada um é com cada um. Aqueles que se sentem bem falando, força.
Agora, querer fazer sentir mal os que são diferentes é que não lembra ao diabo.
<< Home