sábado, maio 22, 2004

Bem-vindos – Há seis meses atrás escrevia eu coisas do género. Aliás, um pouco mais do que isso porque, por vicissitudes do sistema de Maastricht, o exame que me levou a ultrapassar a barreira do número de créditos mínimo para me licenciar foi em Outubro do ano passado. Talvez por ter partilhado intensamente essa experiência convosco, sinto que volto a vivê-la em colaboração outra vez, mesmo que agora seja a vossa e não a minha.

Já comentei os respectivos textos que abordaram o tema, já disse todos aqueles lugares comuns que, por paradoxal definição, são banais e vazios ao mesmo tempo que significativos e importantes. Novas etapas, desafios, bla bla, ah e tal e o camandro. Resta dizer outro tanto que se me veio a desenhar na cabeça enquanto percorria numa das minhas solidões curativas os cerca de 250km que ligam o Algarve a casa.

Entraste de rajada na McKinsey, Nuno, com uma velocidade que revela o quanto as tuas capacidades analíticas são desejadas por empresas topo dos topos. Partiste atrasado para derrotar o leão (com letra minúscula, claro!) mas rapidamente os conquistaste, Luís, com calma e tranquilidade aquilo ficou no papo. Numa demonstração de amor à primeira vista, o patrão da L’Óreal foi-te buscar literalmente ao anfiteatro, João, evidenciando aquela vontade que mostras que tens em triunfar. No meio disto tudo, num desfecho surpreendente, eu tornei-me um funcionário público do único banco que gosto em Portugal.

Mais do que pretendidos a nível profissional, é um prazer ver quatro amigos obter empregos que desejam com relativa facilidade. Olho para nós e vejo que, não obstante todas as diferenças que nos fazem querer isto ou aquilo, temos uma coisa em comum. Bons profissionais, com qualidades e potencial. Aquele ascendente que nos permite atingir o que queremos e ter sempre tempo para partir para a diversão. Porque não basta ficar à espera, cada um constrói a sua sorte.

Outra palavra muito importante. Para os que ainda vão ficar pelos livros, para os outros que procuram onde bulir ou que, se calhar, já se orientaram e eu é que não estou a par das notícias. Estou a vossa espera! A verdade é que já estava farto de ser o único SôDôTôr. Dá-me sempre aquela ideia de velho, parece que tenho de apadrinhar os outros quando chegam a trilhos que já percorri.

Com tudo isto dito, num dos textos com maior carga de amizade que coloquei on-line, lembro-vos que ainda têm de passar por um calvariozito que se chama exames.

Força nisso. Estou à vossa espera.