sexta-feira, maio 28, 2004

Censura/Medo – Não é a primeira vez nem será, porventura, a última que Quentin Tarantino surpreende. Os filmes são aglomerados das situações mais estranhas e macabras e dos enredos mais mirabolantes que se possam imaginar. Possivelmente querendo seguir a linha traçada para a sua própria criação, o realizador resolveu deixar marcas na sua passagem pelo júri de Cannes ao contribuir para a atribuição do prémio a Michael Moore com o polémico quanto baste Fahrenheit 9/11.

Sim, aquele que a administração Bush quer, à viva força, bloquear, temendo eventuais maus resultados nas eleições presidenciais que se aproximam. A distribuidora, trocado por miúdos, é a Disney, que declarou achar um erro soltar a fera antes do escrutínio, devido à possibilidade de afectar a intenção de voto dos eleitores. Faz imenso sentido. Depois do facto consumado é que as pessoas devem ser confrontadas com toda a informação possível para tomarem as suas decisões.

Uma argumentação prodigiosa.