Pedro Portugal foi um dos nossos mentores, “gurus” na realização dum trabalho que já aqui referi, acerca da adequação do ensino português ao respectivo mercado de trabalho. Foi com grande satisfação que vi o estudo que na altura, em 2002, nos disse que tinha na calha. Comprova o que nos disse na altura e que, por sinal, foi a conclusão a que também chegámos. De uma forma ligeiramente mais humilde, refira-se de passagem.
Aí está a prova de que vale a pena ser licenciado neste país e de que a comunicação social se aproveita de casos que não podem ser generalizados para incutir medos e falsas percepções.
Claro que não podia passar a oportunidade de noticiar esta “bomba”. Estou contente.
“Licenciados ganham mais e têm melhores empregos - Um estudo realizado por Pedro Portugal, economista do departamento de estudos económicos do Banco de Portugal, mostra que o investimento em formação escolar superior oferece, no mercado de trabalho português, o acesso a um “benefício monetário (…) excepcionalmente elevado”.
No artigo intitulado “Mitos e Factos sobre o Mercado de Trabalho Português: A Trágica Fortuna dos Licenciados”, o autor conclui que, em média, os licenciados abdicam de 25 mil euros em salários nos anos em que tiram o curso para receber 200 mil euros ao longo da vida profissional a mais que aqueles que se ficam pelo ensino secundário.
O economista baseia-se para os cálculos no Inquérito ao Emprego de 2003, do Instituto Nacional de Estatística que, compara perfis salariais de dois grupos de trabalhadores, um com formação superior e outro com ensino secundário. O inquérito abrange 10 mil pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos e revela que um licenciado ganha, em média, um salário 80,2% superior a um trabalhador com o ensino secundário. Para além das remunerações, os licenciados terão também condições de trabalho mais aprazíveis e maior segurança no emprego.
Com este estudo, Pedro Portugal pretende afastar a ideia generalizada de que há dificuldades de ingresso profissional dos estudantes com habilitações superiores. Segundo o economista, esta percepção equivale a afirmar que o ingresso no mercado de trabalho seria mais fácil com um nível de habilitações inferior. O economista defende medidas que desenvolvam “o acesso a mecanismos de empréstimo directo aos jovens estudantes do ensino superior”. Considera esta intervenção indispensável uma vez que o défice de qualificações em Portugal é responsável por uma quebra de 1,2% no produto interno bruto, de acordo com um trabalho realizado pela OCDE.
Diferenças entre licenciaturas
Neste estudo são contabilizadas as profissões por conta de outrem, ficando de fora quem trabalha por conta própria e para a Administração Pública. Exceptuando Economia/Gestão, Medicina e Direito, as licenciaturas das áreas tecnológicas são as que auferem remunerações mais elevadas, das quais se destacam, entre outras, as Engenharias Electrónica e Telecomunicações, Aeronáutica, Aeroespacial, Mecânica, Electromecânica, Transportes, Naval, química, civil, minas, informática. No fim da escala estão os licenciados em “Marketing” e Publicidade, Artes Decorativas e “Design”, Relações Internacionais, Relações Públicas, Gestão e Planeamento Regional e Urbano, Ensino e Ciências Sociais.”
Aí está a prova de que vale a pena ser licenciado neste país e de que a comunicação social se aproveita de casos que não podem ser generalizados para incutir medos e falsas percepções.
Claro que não podia passar a oportunidade de noticiar esta “bomba”. Estou contente.
“Licenciados ganham mais e têm melhores empregos - Um estudo realizado por Pedro Portugal, economista do departamento de estudos económicos do Banco de Portugal, mostra que o investimento em formação escolar superior oferece, no mercado de trabalho português, o acesso a um “benefício monetário (…) excepcionalmente elevado”.
No artigo intitulado “Mitos e Factos sobre o Mercado de Trabalho Português: A Trágica Fortuna dos Licenciados”, o autor conclui que, em média, os licenciados abdicam de 25 mil euros em salários nos anos em que tiram o curso para receber 200 mil euros ao longo da vida profissional a mais que aqueles que se ficam pelo ensino secundário.
O economista baseia-se para os cálculos no Inquérito ao Emprego de 2003, do Instituto Nacional de Estatística que, compara perfis salariais de dois grupos de trabalhadores, um com formação superior e outro com ensino secundário. O inquérito abrange 10 mil pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos e revela que um licenciado ganha, em média, um salário 80,2% superior a um trabalhador com o ensino secundário. Para além das remunerações, os licenciados terão também condições de trabalho mais aprazíveis e maior segurança no emprego.
Com este estudo, Pedro Portugal pretende afastar a ideia generalizada de que há dificuldades de ingresso profissional dos estudantes com habilitações superiores. Segundo o economista, esta percepção equivale a afirmar que o ingresso no mercado de trabalho seria mais fácil com um nível de habilitações inferior. O economista defende medidas que desenvolvam “o acesso a mecanismos de empréstimo directo aos jovens estudantes do ensino superior”. Considera esta intervenção indispensável uma vez que o défice de qualificações em Portugal é responsável por uma quebra de 1,2% no produto interno bruto, de acordo com um trabalho realizado pela OCDE.
Diferenças entre licenciaturas
Neste estudo são contabilizadas as profissões por conta de outrem, ficando de fora quem trabalha por conta própria e para a Administração Pública. Exceptuando Economia/Gestão, Medicina e Direito, as licenciaturas das áreas tecnológicas são as que auferem remunerações mais elevadas, das quais se destacam, entre outras, as Engenharias Electrónica e Telecomunicações, Aeronáutica, Aeroespacial, Mecânica, Electromecânica, Transportes, Naval, química, civil, minas, informática. No fim da escala estão os licenciados em “Marketing” e Publicidade, Artes Decorativas e “Design”, Relações Internacionais, Relações Públicas, Gestão e Planeamento Regional e Urbano, Ensino e Ciências Sociais.”
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