domingo, julho 04, 2004

Eirós do mar, nozes podres, maçãs reinetas do meu quintal - “Não lhes faz mal nenhum”, dizia o agora Ministro da Defesa há uns anos atrás num espaço informativo televisivo, evidenciando a prática das escolas americanas de pôr os seus alunos de pé a cantar o hino diariamente. Tudo devidamente acompanhado de bandeirinhas e outros símbolos nacionais.

Pergunto eu que adoro fazer perguntas: e que bem é que faz cantar o hino até à exaustão, à náusea? Da mesma forma que assinar um contrato chamado casamento não me faz gostar mais da pessoa com quem o quero fazer, entoar as estrofes da Portuguesa numa agonia diária não vão despoletar em mim um sentido patriótico nunca antes visto.

Terapia de choque não é remédio para criar nenhum tipo de empatia. Aliás, normalmente é responsável por antipatia.