terça-feira, agosto 10, 2004

Estou farto - E não é um farto qualquer. É mesmo mesmo farto. Aquele tipo de farto até à ponta dos cabelos, com vontade de mandar um berro que conseguisse ter a bem apreciada capacidade de pôr tudo, instantaneamente, em ordem.

Todos os anos é a mesma coisa. Durante o Inverno ninguém se lembra de grande coisa. Lá fazem umas reportagens com umas associações que pretendem fazer vigilância e mais não sei quê, mas não passa muito disso. Depois vem o verão. A temperatura sobe com as normais ondas de calor estivais e o país parece uma autêntica grelha de barbecue.

Ora, isto irrita-me sobremaneira porque fico sempre com a impressão que tudo isto é evitável. Os bombeiros não têm meios, acabam por se dividir como podem e, no desespero de quem não pode fazer muito contra chamas com quase 40 graus de temperatura do ar, optam por apenas tentar salvar as casas e deixar arder o resto. Que tal fornecer mais meios?

Soldados da paz e outros peritos lançam as suas suspeitas de fogo posto, pela forma como as frentes arrancam em locais estratégicos. Supostamente, são feitas perícias no rescaldo dos incêndios para determinar se têm origem criminosa. Em que prisão estão os ditos incendiários?

Coisa mais senso comum não existe, sobejamente conhecido, as nossas matas necessitam melhor planeamento, corredores de segurança e limpeza periódica, para activamente criar condições de prevenção. Equipas e responsáveis por estas tarefas…?

Acho piada que ainda se admirem.