quinta-feira, setembro 09, 2004

Reformulação – Olhei-te e soube que eras a solução de todas as equações. Aquelas que formulamos com os dados dos nossos problemas e cuja resolução pode custar algumas noites mal dormidas e dias mal vividos.

Mas, que fazer quando perante nós está a incógnita (designação estranha se a variável já é conhecida) que nos custou tempo, paciência e material de escrita a calcular? Tanto sangue, suor e lágrimas provoca uma reacção morna, patética, desajustada.

Balbucia-se meia dúzia de incongruências, vocábulos dispersos. E falha-se. No regresso a casa, luta-se com a consciência que nos culpa de havermos sido frouxos. Pouco convictos. As batalhas ganham-se mais por força de vontade que por força física.

Felizmente, a raiva parte passado não muito tempo. Porquê? Erro de cálculo. Depois de ganhar coragem para olhar para os números, detectamos aquele passo mal feito que arruinou tudo. Afinal, não era aquela a solução.

E recomeça-se.