terça-feira, setembro 28, 2004

Tiro ao lado - Se há coisa que os fanáticos dos clubes têm dificuldade em entender são as pessoas que não são como eles. Ou seja, aquelas que, orgulhosamente ou pouco interessadamente, são aclubísticas. Se um tipo critica tal equipa, é porque deve ser apoiante do seu maior rival, trigo limpo farinha Amparo. Nem há qualquer outra alternativa possível.

Caros amigos que tão cordialmente comentaram os meus ultrabreves do mundo do futebol (e tu, Luís, já devias saber o que a casa gasta): gozei com o Porto porque estou pouco habituado a vê-los desperdiçar pontos; gozei com o Benfica porque foi a primeira não vitória até ao momento; não gozei ainda (de realçar este último advérbio) com o Sporting porque está mais ou menos como tem andado desde que me lembro.

Sofro com a Selecção Nacional. É a única entidade do mundo da bola com a qual me identifico. Bom, talvez um bocadito com o Estoril, fruto de muitos anos de convivência próxima. Ou seja: com tudo o que expus sobre o tema, não é lícito que tirem a conclusão que sou lagarto. Ou, para o mesmo efeito, lampião ou tripeiro. Ou qualquer outra designação. Sou somente um gozador assumido.

Estou para os clubes como a Suíça para o resto do mundo.