quarta-feira, outubro 20, 2004

Aquelas coisas - que ouvimos na primária e das quais, acaso do destino, nos lembramos (ou não, no caso do subconsciente), ficam para sempre tão grudadas em nós que são das leis que temos mais dificuldade em ver quebradas. Uma dessas leis é a impossibilidade de acentuar mais do que uma vez uma dada palavra portuguesa. Ou é aguda, ou é grave ou é esdrúxula. Neste último caso, tem de ser forçosamente acentuada.

É claro que, como boa regra que é, que se preze, tem as suas excepções. Que, como boas excepções que são, causam perplexidade, celeuma, assemelham-se-nos como totalmente e indiscutivelmente erradas. Assim de repente, algumas de que me lembro: órgão, bênção, Estêvão. E depois há também alguns nomes de terras: Piódão (perto da Covilhã), Sátão (perto de Viseu).

Tudo sonoridades diferentes