terça-feira, dezembro 14, 2004

A estrada - abria o horizonte, parecia não ter fim enquanto percorria os metros, quilómetros de campo, à beira de cidades de pequeno porte. Nesta altura do ano, a morte anunciada do sol demora eternidades, como se agonizasse por muito tempo. Os tons de alaranjado, avermelhado e púrpura sucedem-se por esta ordem.

Até ficar mesmo escuro. E é então que elas aparecem, aquelas que nunca vemos no dia-a-dia porque estamos aprisionados à iluminação pública do sítio onde vivemos. No meio de nenhures, longe dos focos, elas deixam-se ver aos milhões, brilhando com intensidades diferentes.

Quando me lembro que existe um céu estrelado todos os dias, tenho saudades de o ver.