quarta-feira, dezembro 08, 2004

Sempre senti um fascínio – pelos rasgões brancos que os aviões deixam no azul do céu. Aqueles rasgões que progressivamente desaparecem, como se fossem uma ferida que sara. E, lentamente se afastam. São eles que nos deixam plantados, que nos fazem sentir imóveis, assim como a juventude torna os velhos em velhos. Se nos coubesse decidir, não estaríamos quedos; por causa deles, somos estátuas.