domingo, janeiro 16, 2005

Já tinha visto - num daqueles documentários de canal de televisão sobre música a história por detrás do álbum. Um surto de falta de criatividade, de bloqueio, tensão entre os quatro cavaleiros irlandeses, levou-nos à Berlim acabada de sair da queda do muro. Procuravam receber good vibes naquele ambiente que adivinhavam frenético.

De início, não parecia suficiente e eles próprios foram os primeiros a assumir que a banda esteve quase a implodir naquele tempo. Até que, de um momento para o outro, saíram uns acordes e uma melodia daquilo que viria a ser depois o One. Foi o despoletar, o rastilho para um Achtung Baby que, como diz a pessoa que me o emprestou este fim-de-semana, é praticamente só feito de singles.

Sim, pela primeira tive-o na mão. Conhecia-lhe algumas das faixas, o teledisco das "misteriosas maneiras em que ela se move" leva-me até à minha infância. Mas nunca tinha olhado para aquela capa. Aquela capa de vintage Anton Corbijn. E, lá no meio, estava esta fotografia que hoje coloco on-line.

Muito parecida a uma que pus, há pouco tempo. É só trocar o carro de fabrico comunista por sete papalvos. Que não puseram um carro de fabrico capitalista na imagem porque necessitaram dele como suporte para as máquinas com o temporizador a avançar.