Talvez para não destoar - o debate tivesse de ser ao nível do resto da campanha. Desde a imediata abertura pelo tema quente das ofensas pessoais até à falta de concretização prática dos chorrilhos de promessas. Desta feita, ainda pior. A questão era estrutural, começava na adopção daquele modelo importado repleto de regras como tempo limitado, muito à americana.
Na puritana América, o conceito de democrático está muito agarrado à noção de conferir a todos igualdade de oportunidades à partida. À chegada é que a porca torce o rabo, os que se safarem melhor serão, naturalmente, os indivíduos com melhores capacidades e, portanto, merecedores do destaque e enfoque dados. Para defender este princípio, todos falam exactamente os mesmos segundos para evitar acusações de parcialidade. Mas isto aqui não são os States.
E se sou o primeiro a concordar que os pseudo-debates em que cada um fala para seu lado e interrompe e atropela e maldiz, são tudo menos democráticos, também me parece que o extremo do ultra-regulamentado não serve minimamente o propósito de bem informar e esclarecer. E a SIC, na pessoa do Rodrigo Guedes de Carvalho, ainda se gabou de ser a primeira a ter uma iniciativa do género no país.
Aliás, nunca uma interrupção me soube tão bem ouvir, quando, a páginas tantas, o Sócrates teve de esclarecer qualquer coisa que o Santana disse, sem sequer se tratar e algum ataque ou provocação, uma mera decorrência da conversa entre duas pessoas. Serviu para mostrar que, de facto, aquele show-off de som, luzes e moderadores tiranos, não serve para nada.
Como em tudo, no meio está a virtude. Nada como bom-senso para resolver a questão. E bons jornalistas e moderadores. Isto é como os meninos da escola. Se o professor não é bom, cada um fala para seu lado e abusa o máximo que puder. Quando o professor é bom, andam todos direitinhos sem necessidade de recorrer a idas para a rua e recadinhos para casa. De jornalistas daquela experiência e craveira, esperava-se que conseguissem dar conta do recado.
Mini-discursos de dois minutos intercalados das campanhas principais não me convencem. Nem mesmo se tiverem réplicas de um.
Na puritana América, o conceito de democrático está muito agarrado à noção de conferir a todos igualdade de oportunidades à partida. À chegada é que a porca torce o rabo, os que se safarem melhor serão, naturalmente, os indivíduos com melhores capacidades e, portanto, merecedores do destaque e enfoque dados. Para defender este princípio, todos falam exactamente os mesmos segundos para evitar acusações de parcialidade. Mas isto aqui não são os States.
E se sou o primeiro a concordar que os pseudo-debates em que cada um fala para seu lado e interrompe e atropela e maldiz, são tudo menos democráticos, também me parece que o extremo do ultra-regulamentado não serve minimamente o propósito de bem informar e esclarecer. E a SIC, na pessoa do Rodrigo Guedes de Carvalho, ainda se gabou de ser a primeira a ter uma iniciativa do género no país.
Aliás, nunca uma interrupção me soube tão bem ouvir, quando, a páginas tantas, o Sócrates teve de esclarecer qualquer coisa que o Santana disse, sem sequer se tratar e algum ataque ou provocação, uma mera decorrência da conversa entre duas pessoas. Serviu para mostrar que, de facto, aquele show-off de som, luzes e moderadores tiranos, não serve para nada.
Como em tudo, no meio está a virtude. Nada como bom-senso para resolver a questão. E bons jornalistas e moderadores. Isto é como os meninos da escola. Se o professor não é bom, cada um fala para seu lado e abusa o máximo que puder. Quando o professor é bom, andam todos direitinhos sem necessidade de recorrer a idas para a rua e recadinhos para casa. De jornalistas daquela experiência e craveira, esperava-se que conseguissem dar conta do recado.
Mini-discursos de dois minutos intercalados das campanhas principais não me convencem. Nem mesmo se tiverem réplicas de um.
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