segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Uma das maiores relações de fidelidade -desta campanha, é a de Dina em relação a Manuel Monteiro. A cantora famosa pelo “vem cá tenho sede, quero o teu amor de água fresca”, que costumava andar pelos comícios do CDS-PP e tocar umas músicas, foi atrás do criador da Nova Democracia e até escreveu o hino daquela gaita. O que é um pouco estranho porque, se bem me lembro, num documentário que apareceu na televisão já há uns anos, e que eu até achei corajoso, Dina assumia-se como homossexual e tinha uma criança a seu cargo. Faz-me lembrar o meu espanto quando percebi que o número dois do partido de Pim Fortuyn na Holanda era um cabo-verdiano.

A melhor banda sonora é, sem dúvida a do PSD. Não há nada que consiga chegar sequer aos calcanhares do “guerreiro” e “um homem também chora”. Assim como as incursões de Pedro Santana Lopes pelos locais do povo. Eu que considerava Paulo Portas o campeão das peixeiras, com beijinho aqui e ali e mais um passozito de dança, tenho de reconhecer que o Santana trava essa frente de batalha com muito gabarito.

O Oscar de melhor tempo de antena, no entanto, vai para o PCTP-MRPP. Pelo argumento, pelas interpretações, pela convicção, pela foto do cartaz em que Garcia Pereira parece ter mais 30 quilos. Por tudo.