sábado, março 19, 2005

A baby do milhão de dólares – tem também igual quantidade de clichés. O realizador não quis centrar a originalidade no facto de o boxe estar presente no filme, mas sim na relação entre a empregada de mesa e o treinador dono de um ginásio da especialidade, é a frase que tenho ouvido amiúde.

Mas vamos à lista:
1 – o treinador não acede de imediato ao pedido da pugilista para que a ajude mas acaba por ceder.
2 – a pugilista progride imenso e revela-se um talento nato
3 – no combate em que perde, é contra uma adversária com um passado duvidoso, má como as cobras, e que recorre a golpes sujos. Aliás, é esta a única forma com que a consegue derrotar.
4 – a empregada de mesa tem problemas pessoais e familiares e o boxe é tudo o que tem na vida, daí a garra e a vontade que lhe dedica.
5 – há sempre um tipo meio parvinho e tótó nos ginásios e um armado em parvo, que acaba também sempre por levar uma lição que arranca do público uma ovação ou qualquer outra manifestação de aprovação.
6 – no fim, a pugilista perde
7 – no fim, a pugilista morre
8 – o treinador tem problemas familiares também e afeiçoa-se à aprendiz como força de os colmatar. Mais, aprende com ela a tentar resolvê-los.

A personagem de Morgan Freeman alerta para o facto de que as jogadas sujas da pugilista alemã podem ser mortais. A questão do cão paralítico que o pai e o irmão da empregada de mesa abateram conta, a meio, o fim.

O "Mystic River" foi muito melhor. E quem viu "O Campeão" com o John Voight já viu quase tudo o que há para ver em matéria de filmes de boxe.