Aviso – Texto Desconcertante
E ao sétimo dia - resolveu descansar, numa esplanada ao sol de fim de tarde, com um café e companhia feminina. Estava um pouco cansado. Não aquele cansaço físico de quem precisa de se esticar no sofá porque havia dormido uma boa noite. Tratava-se daquele cansaço da saturação da repetição de uma tarefa até à exaustão, ad nauseam.
De repente, no meio da conversa choveu um indiano de rosas em riste e pequenos aparelhos luminosos à volta das orelhas. E que não aceitava não como resposta. Continuava a insistir com as flores a bater em cima da mesa, cavalheiro que é cavalheiro oferece rosas a uma senhora, ainda por cima se partilhar uma mesa com ela. Exaltou-se, saltou-lhe a tampa:
Ouça, passei a semana toda a trabalhar, não descansei um bocado, quase não comi, quase não dormi. Estou farto de pessoas à minha volta a chatear-me, a única coisa que queria era que me deixassem em paz ao menos no meu dia de descanso. Sim, não sei se reparou, mas hoje é domingo, dia em que as pessoas não devem trabalhar, devem aproveitar para fazer outro tipo de coisas, entre as quais se contam descansar da confusão da semana de trabalho.
Quer dizer, ainda por cima, não é para me gabar, longe de mim ser arrogante, se não fosse eu, não existiria esta esplanada onde você tão insistentemente tenta fazer negócio, não existiria a clientela que tenta assediar. Nem sequer existiriam as rosas que tenta vender. Eh pá, nem sequer existiria você!
Silêncio aterrador. Seguiu, como que a tentar passar um pano por cima da nódoa.
Eu sei a culpa é minha, escusa de dizer. Fico é desde já a saber que está na hora de rever as minhas criações.
O indiano foi-se embora a chorar.
E ao sétimo dia - resolveu descansar, numa esplanada ao sol de fim de tarde, com um café e companhia feminina. Estava um pouco cansado. Não aquele cansaço físico de quem precisa de se esticar no sofá porque havia dormido uma boa noite. Tratava-se daquele cansaço da saturação da repetição de uma tarefa até à exaustão, ad nauseam.
De repente, no meio da conversa choveu um indiano de rosas em riste e pequenos aparelhos luminosos à volta das orelhas. E que não aceitava não como resposta. Continuava a insistir com as flores a bater em cima da mesa, cavalheiro que é cavalheiro oferece rosas a uma senhora, ainda por cima se partilhar uma mesa com ela. Exaltou-se, saltou-lhe a tampa:
Ouça, passei a semana toda a trabalhar, não descansei um bocado, quase não comi, quase não dormi. Estou farto de pessoas à minha volta a chatear-me, a única coisa que queria era que me deixassem em paz ao menos no meu dia de descanso. Sim, não sei se reparou, mas hoje é domingo, dia em que as pessoas não devem trabalhar, devem aproveitar para fazer outro tipo de coisas, entre as quais se contam descansar da confusão da semana de trabalho.
Quer dizer, ainda por cima, não é para me gabar, longe de mim ser arrogante, se não fosse eu, não existiria esta esplanada onde você tão insistentemente tenta fazer negócio, não existiria a clientela que tenta assediar. Nem sequer existiriam as rosas que tenta vender. Eh pá, nem sequer existiria você!
Silêncio aterrador. Seguiu, como que a tentar passar um pano por cima da nódoa.
Eu sei a culpa é minha, escusa de dizer. Fico é desde já a saber que está na hora de rever as minhas criações.
O indiano foi-se embora a chorar.
<< Home