segunda-feira, maio 09, 2005

Que me indiquem o caminho – tintim por tintim, como se eu fosse incapaz de perceber como se chega ao destino, confesso, não gosto. Sou daquele tipo de pessoas que prefere andar um pouco às apalpadelas até descobrir a direcção. Pessoas que andam comigo, por vezes, agonizam com a minha pouca vontade de encostar o carro e fazer perguntas a um qualquer transeunte.

Quem me ouve dizer coisas deste género, pensará, logica e legitimamente, que aparelhos GPS num carro são invenções que, não só dispensar, mas, mais do que isso, das quais fujo. Eu também pensei que seria assim. Só até à primeira vez que vi um a funcionar.

Porquê? O carro é italiano e só funciona na língua de origem. Melhor ainda: é uma voz feminina. Cheia. Quente. Diferente. Carismática. Numa palavra: sexy. Não sou capaz de reproduzir o que ela diz. É repetitivo, previsível, fácil de antecipar. Para além disso, não sei escrever italiano. Mas uma coisa é certa.

O meu carro tem uma italiana lá dentro e eu apaixonei-me por ela.