Viraste o sofá - para a janela grande por onde entravam os claros raios do sol invernal. Aproveitavas o calor para aquecer as tuas pernas esticadas enquanto contemplavas o azul escuro do mar repleto de espuma das correntes e vagas fortes. As gaivotas manobravam dificilmente por entre os sopros do vento, o mesmo vento que assobiava e empurrava o vidro na tua direcção. Com tanta força que parecia que não resistiria e que, mais tarde ou mais cedo, cederia em mil pedaços.
Deitei-me ao comprido no sofá, a minha cabeça nas tuas pernas, no teu ventre. Pegaste na minha mão com a tua mão esquerda. Beijaste-a algum tempo. Quando acabaste, pousaste-a delicadamente e começaste a afagar o meu cabelo. Com a outra, pegaste no cigarro que repousava no cinzeiro e levaste-o à boca. Os acordes do Bill Evans ecoavam por entre a nuvem de fumo que exalaste.
Deitei-me ao comprido no sofá, a minha cabeça nas tuas pernas, no teu ventre. Pegaste na minha mão com a tua mão esquerda. Beijaste-a algum tempo. Quando acabaste, pousaste-a delicadamente e começaste a afagar o meu cabelo. Com a outra, pegaste no cigarro que repousava no cinzeiro e levaste-o à boca. Os acordes do Bill Evans ecoavam por entre a nuvem de fumo que exalaste.
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