Há temas - que ficam para sempre associados a filmes. As Valquírias do Wagner, por exemplo, fazem-me sempre lembrar o Apocalipse Now: a entrada dos helicópteros sob o comando do Sargento que nem um arranhão sofre e que quer fazer surf na praia onde se está a travar o combate. O adagietto sehr langsam, ou “montes-da-lento”, em linguagem corriqueira, do Mahler, põe-me a ver navios a aproximar-se da Praça de São Marcos e a entrar pelos canais da Morte em Veneza adentro.
Não está mal. São bons filmes. O pior é quando ouvir determinada música remete para outro tipo de situações menos interessantes. Lembrei-me disto hoje porque resolvi pôr-me a carregar séries para a base de dados (um trabalho extasiante) ao som da “Aus der neuen Welt” do Dvorák. A páginas tantas entra o último andamento e de que me lembro eu? Do veleiro sacudido pelas ondas perigosas e espumosas do anúncio do Old Spice…Outro dos grandes clássicos é o “Cantaloupe Island” do Herbie Hancock. Desde um detergente de roupa qualquer (Persil ou Ariel) até a música de fundo de um programa sofisticado da SIC Notícias, já vi de tudo. Parece que foi feito a pensar em publicidade.
O que é chato. Porque tanto um como outro, à sua maneira, são belos temas.
Não está mal. São bons filmes. O pior é quando ouvir determinada música remete para outro tipo de situações menos interessantes. Lembrei-me disto hoje porque resolvi pôr-me a carregar séries para a base de dados (um trabalho extasiante) ao som da “Aus der neuen Welt” do Dvorák. A páginas tantas entra o último andamento e de que me lembro eu? Do veleiro sacudido pelas ondas perigosas e espumosas do anúncio do Old Spice…Outro dos grandes clássicos é o “Cantaloupe Island” do Herbie Hancock. Desde um detergente de roupa qualquer (Persil ou Ariel) até a música de fundo de um programa sofisticado da SIC Notícias, já vi de tudo. Parece que foi feito a pensar em publicidade.
O que é chato. Porque tanto um como outro, à sua maneira, são belos temas.
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