terça-feira, dezembro 06, 2005

A OMS – vedou a contratação para os seus quadros a indivíduos que fumem. Mesmo que apenas esporadicamente. E reservou, para aqueles que tentarem ludibriar os recrutadores da Organização, uma série de penalizações e castigos.

Até percebo a lógica e percebo que seja o tabaco o inimigo púbico número um. Porque é aquele que provoca danos não só ao utilizador mas também a toda a gente que grama com o fumo e nem sequer chega a dar umas passas.

Mas não consigo evitar pensar onde pode ser traçado o limite para este novo modelo de “contratação saudável”. Porque é muito difícil definir até onde pode ir a escalada de exigência. E porque nem toda a gente está disposta a abdicar dos prazeres desta existência terrestre, mesmo que a custo de alguns anos de esperança média de vida.

No limite, limite este muito exercício pseudo-académico (e espero que assim permaneça), concorrer a um emprego implica não beber álcool, fazer no mínimo exercício três vezes por semana, não comer gorduras nem fritos, comer verduras e sopinha, beber litros de água por dia, andar a pé para o trabalho, comer sempre a horas certas e rotineiras, obrar a horas certas para educar o intestino.

Já chega, não chega?