segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Olhou-o do alto daquela torre de marfim que é a convicção e disse-lhe. Indignada e ríspida. Tu não existes. Não passas de uma ficção. És como uma personagem de um filme. És um desenho animado. Aliás, qualquer semelhança entre ti e a realidade é pura coincidência.

Desde então, não há um único dia que passe sem que a primeira coisa que ele faz de manhã assim que se levanta, seja olhar-se ao espelho. Não é que ele não tenha consciência que ela está errada, que cometeu um abuso de linguagem para vincar um ponto, uma imagem quase literária. Sabe-o e acredita-o em todas as células do seu corpo.

Mas só para ter certeza.