domingo, março 12, 2006

O CD girava intempestivamente - dentro do leitor do PC ocupado com uma carga de operações considerável. É dos poucos ruídos que o ouço fazer, talvez por isso sobressaia bastante. Embora o som seja algo parecido, a associação que fiz com a máquina de moer café que existia em casa dos meus avós, parece algo rebuscada. É verdade que procurava uma comparação, no seguimento da conversa. Mas porquê essa recordação e não outra?

Na retina ficou a rotina. O pacote com aquele plástico resistente e reluzente. Sical? Talvez explique o que ainda hoje bebo com a minha mãe. Os grãos colocados com colheres no recipiente da azul claro da máquina. A tampa era de um castanho muito leve, translúcido, e estava ligeiramente partida num dos cantos. A mão em cima, a pressionar para evitar o acidente. Carregar no botão. Não é preciso muito, só uma ou outra vez e sem demorar muito tempo para não esforçar demasiado o motor.

Tenho saudades deste café.