sexta-feira, junho 02, 2006

Está a chegar mais uma apneia. Até há pouco tempo, 25 metros era uma distância impossível. Um dia deixou de ser. E percebi o truque. Respirar fundo, inspirar tudo o que for possível antes de dar o impulso na parede. Depois, esquecer que debaixo de água é um sítio péssimo para encher os pulmões. Procurar uma distracção. E progredir calmamente.

Metade do exercício é cabeça fria. A calma relaxa, faz o coração bater menos, o que por sua vez leva a um consumo de oxigénio menor. Quando dei por mim, já avistava o final do traço azul que guia os olhos submergidos, a parede lá ao fundo. Os últimos cinco metros doem. Mas tive a sensação que, à partida, estavam garantidos.