quinta-feira, junho 08, 2006

Gosto de observar - quando estás distraído, absorto no teu universo paralelo. Quando os teus olhos pareciam vazios, longínquos, desfocados. Nesses momentos, há qualquer coisa de misterioso nesse teu rosto que o tempo se ocupou de lentamente endurecer, que os anos maltrataram.

Gostava de chegar até perto e interromper-te. Retirar-te desse torpor. Indagar, perceber o que poderá ser tão importante ao ponto de conseguir consumir toda a tua atenção. No entanto, nunca o farei. Porque ouvi uma vez que não se deve acordar um sonâmbulo.