segunda-feira, outubro 30, 2006

Acendias luzes para o atrair. Ficavas à espera que o insecto aparecesse e começasse a fazer os meus voos circulares à tua volta. O som da asas, o som do movimento. Depois, esbracejavas para o afastar. Fazias deslocação de ar com as tuas mãos e divertias-te a ver o corpo pequeno empurrado pelo vento que produzias.

A pouco e pouco, deixavas de achar graça. O divertimento acabava. Desligavas a luz. Abrias as janelas e procuravas corrente de ar. Quando nada resultava, ias para as medidas mais drásticas. Chinelo ou jornal em riste. Era só esperar que poisasse nalguma superfície. Na parede branca pode ser chato, fica a mancha.

E esmagavas violentamente.