Olho-te e sinto-te quase a ir. Vejo-te cada vez mais pequena, indefesa. Penso em tudo o que poderíamos ter feito, todo o que poderíamos ter-nos dito. Nunca fizemos, nunca dissemos. Nem nunca vamos fazer nem dizer. As condenações à partida são contrárias a absolvições futuras ou atenuantes. E a tendência é, naturalmente, para se acentuarem.
Mas continuas a ter algo de meu e eu a ter algo de teu. É desconcertante como dois pedaços de vida tão antagónicos e díspares têm com um cordão inexorável que impede que se soltem. Disso se encarrega a natureza e será sempre mais forte que qualquer das divergências.
Já deixei de ter pena. Há muito tempo. Mesmo quando penso em tudo o que vou perder. Aceitei quando percebi que não vale a pena contrariar a natureza das pessoas. Para que exista compreensão é necessário querer compreender.
Continuo a achar que nunca quiseste compreender.
Mas continuas a ter algo de meu e eu a ter algo de teu. É desconcertante como dois pedaços de vida tão antagónicos e díspares têm com um cordão inexorável que impede que se soltem. Disso se encarrega a natureza e será sempre mais forte que qualquer das divergências.
Já deixei de ter pena. Há muito tempo. Mesmo quando penso em tudo o que vou perder. Aceitei quando percebi que não vale a pena contrariar a natureza das pessoas. Para que exista compreensão é necessário querer compreender.
Continuo a achar que nunca quiseste compreender.
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