quinta-feira, outubro 19, 2006

Pelas frinchas da persiana mal fechada entra o luar. A luz branca dá cor ao teu rosto adormecido. Levanto-me com cuidado, tenho medo de te despertar. Lentamente, afasto-me do calor do teu odor adocicado. Reteso os músculos quando sinto a o chão de madeira a ranger, tento ser ainda mais ligeiro. Não deixo a dobradiça da porta chiar, não respiro sequer.

Faço tudo isto e mesmo assim acordas.