quarta-feira, novembro 08, 2006

Amanhã começa o ciclo. A semana com nomes mais sonantes desde que me lembro. Sinto-me um puto à espera da meia-noite da Consoada.

O arranque é dado pelo senhor Wayne Shorter. Aquele que no Estoril Jazz de 2003 (o ano em que o Dave Holland também veio e tocou com a Big Band, da qual fazia parte o Chris Potter no CCB) no Parque Palmela protagonizou uma caricata cena. A meio do set, resolveu usar o sax soprano que ainda não tinha saído do tripé. Deu meia dúzia de notas e ajeitou o bocal como quem quer afinar. Mais uma ou outra nota, voltou a mexer no bocal.

Até que ficou uns instantes de volta daquilo sem conseguir resolver o problema. O público já ria. Sem saber quanto tempo demoraria a operação e sem querer ficar a encher chouriços, o Brian Blade arrancou um solo de um momento para o outro e ficou à espera que o Danilo Perez e o Patitucci o seguissem. Um momento incrível. Continuaram à desgarrada até o avozinho fazer sinal. Estava pronto para recomeçar. E retomaram o tema.

Domingo e quinta da semana que vem são os outros dois vértices que formam este triângulo. Mas esses a seu tempo.