domingo, novembro 26, 2006

Dar outra cor que não azul. Evitar a "blue note". Mudar de escala. Uma maior. A escala maior é sempre mais... grande, digamos assim para provocar uma inconsistência linguística, um erro que só existe em português e não no espanhol do "más grande" nem no francês do "plus grand".

É claro que qualquer escala maior é sempre passível de ser aproximada por uma relativa menor. Mas não precisamos ir por aí, tudo pode ser aproximado por tudo, basta olhar de outra forma para a sequência de notas em causa. O importante é evitar a quarta aumentada da pentatónica menor. Porque é bluesy. Azulinha.

A não ser que se deturpe o carácter bluesy. E aí, de repente, parece que passa a outra tonalidade. Os dois, o som e a cor. E o cromatismo, leia-se, também aqui, as gradações da cor e, simultaneamente, a sucessão de notas com intervalo de segunda menor, é indispensável. Como aquele que sobe da quarta perfeita à quinta perfeita sem evitar nenhum degrau. Basta pô-la a soar alegre. Bem-disposto. Descontraído. Com groove. Com atitude.

Não se esqueça de adaptar bem a dose. Não dispensa a leitura do folheto informativo no interior. Em caso de persistência dos sintomas, consulte o seu médico.